Nos primeiros cinco meses deste ano, São Paulo registrou um aumento de 10,7% na importação de produtos têxteis e confeccionados, saltando de US$ 837 milhões para US$ 927 milhões, se comparado com o mesmo período do ano passado. O Estado é segundo maior importador brasileiro de têxteis e confeccionados, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que importou US$ 1,005 bilhão, em igual período.
Somente as importações de vestuário feitas pelo Estado cresceram 16,4% em valor (de US$ 440,5 mi para US$ 512,8 milhões), de janeiro a maio deste ano, comparativamente com o mesmo período do ano passado. Em toneladas, a variação foi de 4,9%, segundo dados da Alice/MDIC.
Nos primeiros cinco meses do ano, os produtos mais importados pelo Estado, pela ordem, foram: vestuário (US$ 512,8 milhões); filamentos (US$ 75,2 milhões), tecidos (US$ 72,3 milhões) e fibras têxteis (US$ 33,6 milhões). O perfil da importação vem mudando de tal forma, que os produtos de algodão – uma das vocações do Brasil – agora, estão entrando no país quase que na mesma escala que os artigos sintéticos.
Oito países foram responsáveis por 67% das importações de têxteis e confeccionados de São Paulo. São eles, pela ordem: China, Coreia do Sul, Índia, Estados Unidos, Vietnã, Taiwan (Formosa), Alemanha e Bangladesh. Somente a China foi responsável por 41% do total importado.
Três países fornecedores registraram expressiva variação positiva no valor de importações, na comparação entre janeiro-maio de 2013 e o mesmo período deste ano. Em primeiro lugar está o Vietnã, com 55,9% de expansão, seguido pela Índia, com 22,5% e a China, com 12,5%. Em volumes, essa variação apresenta os seguintes índices de crescimento: Vietnã (56,9%), Índia (51,1%) e China (13,4%). A tabela abaixo demonstra as importações de oito países, em valores e toneladas.
Exportações paulistas
Já as exportações de produtos têxteis e de confeccionados do Estado de São Paulo caíram 6,8% (de US$ 175 milhões para US$ 163 milhões), nos primeiros cinco meses deste ano. O déficit na balança comercial setorial aumentou 15,4% em relação ao mesmo período de 2013 (de US$ 662 milhões para US$ 764 milhões) – dados sem fibra de algodão.
Os oito principais destinos das exportações de têxteis e confeccionados de São Paulo, de janeiro a maio deste ano, pela ordem, foram: Argentina, Paraguai, Bangladesh, Colômbia, Uruguai, Peru, México e Chile que, juntos, somaram 74,4% das exportações. Somente a Argentina, recebeu 36% deste valor. Não foram registradas grandes variações das exportações do período comparado, exceto pelo Peru, cujo valor teve expansão de 19,31% (de US$ 5,51 milhões para US$ 6,58 milhões) enquanto que o volume subiu em 35,7% (de 573 toneladas para 774 toneladas).
Outros números do setor têxtil e de confecção paulista
Produção Físic
Em abril, a produção física de vestuário paulista teve um crescimento de 7,8% e a segmento têxtil apresentou queda de 3%, em relação ao mês anterior, segundo dados do IBGE. No comparativo com abril de 2013, os têxteis tiveram queda de 11% e os vestuários, de 3,2%.
Nos primeiros quatro meses deste ano, houve crescimento de 4,7% no segmento de vestuário e queda de 5,9% no têxtil, na comparação com o mesmo período de 2013.
Empregos (CAGED)
No mês de maio, o saldo de geração de empregos no setor têxtil e de vestuário paulista foi de 196, contra 951, se comparado com o mesmo período do ano passado. De janeiro a maio, o saldo foi de 4.392, contra 8.550, em relação ao mesmo período de 2013.
Região de Americana
O nível de emprego no setor têxtil apresentou uma curva levemente positiva na região de Americana, em maio, com aumento de 0,84%. O segmento de vestuário manteve-se estável no período.
No acumulado do ano (de janeiro a março), a indústria de produtos têxteis apresentou leve alta de 1,73% na balança de empregos. A de vestuário não teve alteração. E, levando em consideração os últimos 12 meses, a retração foi de 3,76% na indústria têxtil. O segmento de vestuário manteve-se estável no período (dados na tabela abaixo).
Comportamento setorial da região de Americana
Fonte: Diretoria Regional do CIESP de Americana
Varejo (IBGE)
No mês de abril, o varejo paulista teve um desempenho positivo de 4,1% em volume de vendas e a Receita Nominal apresentou crescimento de 3,5%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado do primeiro quadrimestre de 2014, a queda foi de 7,1% em volume de vendas e um desempenho negativo de 2% em Receita Nominal, em relação a igual período de 2013. Nos últimos 12 meses, houve queda de 13% de volume de vendas e de 8,7% em Receita Nominal.
Fonte: Sinditextilsp