Com mais de 28 anos de experiência na área de serigrafia, Waldir Chiari, funcionário da fábrica de tintas Fremplast, começou sua carreira na área textil aos 12 anos de idade, fazendo estágio no laboratório da Companhia Franco Brasileira de Anilinas, para aprender as técnicas de alvejamento e tingimentos de fibras têxteis. “Venho de uma familia inteiramente relacionada com a indústria têxtil. Sou a 4ª geração da família dedicada a esse ramo, que tornou-se uma tradição familiar”, comenta ele.
De lá, Waldir passou por diversas empresas, tais como Indústria Quimica Mantiqueira, Produtos Químicos Ydal Ltda, Malharia e Tinturaria Lotfi, Brancotex, Reinag Química, Unichemie Indústria Química, Kemist e Fremplast. Waldir nos conta que começou a se interessar pela técnica de serigrafia na empresa Brancotex: “tive alguma noção de serigrafia quando trabalhei na Brancotex, apesar de fazer parte da equipe de vendas da área industrial, mas foi mesmo na Fremplast, com o Sr. José Roberto Andreasi que aprendi a gostar da serigrafia, quando em 1984, ele me deu a chance de trabalhar com ele”.
“Iniciei minha carreira na Fremplast como vendedor de produtos para serigrafia. Fui gerente de vendas e depois passei para representante comercial, função que exerço até hoje”. Entre os personagens importantes de sua trajetória, Waldir destaca: “em primeiro lugar Deus, que me capacitou e meu deu o dom de vendas, mas 2 pessoas foram muito importantes na minha formação profissional: meu pai com quem iniciei minha vida em vendas e José Roberto Andreasi, que me deu a oportunidade de conhecer a serigrafia têxtil, já que eu sou por formação técnico de tinturaria”.
Entre as muitas histórias engraçadas desses 28 anos de carreira, Waldir nos conta que “em setembro, na cidade mineira de Guaxupé, costuma haver o Baile da Primavera e antigamente a maioria dos vendedores viajantes costumava marcar suas viagens para essa região por ocasião desse baile. Estando eu e outros colegas na região, no domingo pela manhã resolvemos ir à missa, a famosa missa das 10h. Quando o padre começou o sermão estava tudo bem, mas no encerramento ele começou a alertar que as moças da região precisavam tomar cuidado no baile com os homens da mala preta, que só vinham nesse baile para se aproveitar delas. Ficamos sem entender nada, mas as pessoas que estavam na igreja começaram a olhar para trás, onde nós estávamos sentados e aí descobrimos que os homens da mala preta éramos nós, vendedores viajantes! Foi muito engraçado porque saímos todos da igreja e não esperamos acabar a missa”.
Da época em que iniciou sua carreira profissional para os dias de hoje, Waldir diz que a tecnologia foi o fator mais impressionante. “Quando iniciei na serigrafia quase todas as estamparias só estampavam namualmente, sem quase técnica nenhuma. Hoje, o mercado está mais técnico, voltado para a automação e quase nada mais é feito de forma manual. A tecnologia trouxe muitos benefícios para o nosso mercado, principalmente no quesito produtividade”, comenta.
Para finalizar, Waldir deixa um conselho para os iniciantes da carreira: “tudo o que consegui até hoje devo às vendas, portanto, deixo um alerta a quem deseja se dedicar realmente e se realizar profissionalmente com vendas na serigrafia/comunicação visual: dedique-se, estude bem os clientes, planeje suas visitas, atualize-se sempre, conheça bem seu produto e dos concorrentes. Nesses anos todos de trabalho, uma coisa que nunca mudou em vendas é que o relacionamento é fundamental. E seu grande capital é o cliente!”.